8ª REUNIÃO DO COMITÊ POPULAR ESTADUAL DE ACOMPANHAMENTO DA CRISE EDUCACIONAL NO RS

A nossa 2ª Vice-coordenadora Estadual, Conselheira Adriana Cassol, representa a UNCME-RS no Comitê Popular Estadual de Acompanhamento da Crise Educacional no Rio Grande do Sul. Este é organizado pelo Gabinete da Deputada Federal Maria do Rosário.

Veja a síntese da reunião de hoje:

“I – ENTIDADES QUE PARTICIPARAM DA REUNIÃOUNCME-RS, ANDES-UFRGS, AOERGS, SINASEFE, Luana, CPERS, ANPG, AEPPA/MEP.

II – ENCAMINHAMENTOS DA REUNIÃO:

A) AVISOS E INFORMES:

1) Daniel

– Possível data de votação do novo Fundeb, dia 23 de junho (necessidade de aumentar a pressão);

– Portaria 545, ações afirmativas na pós-graduação;

-Portaria 544, suspensão das atividades presenciais nas IFES ate dez/2020;

-MP 979, autonomia das IFES;- Saída de Weintraub do MEC;

2) Rafael

– CONSUNS UFRGS e a luta institucional pela democracia dentro da universidade (eleição para reitoria);

3) Fernanda

– Live do Fórum de EJA do RS (https://www.facebook.com/groups/266263576894484/permalink/1466228736897956/);

– Os ataques a EJA2015 eram 3709 estudantes na rede estadual (presencial) e em 2019 foi de 2892; na rede municipal em 2015 eram 5918 estudantes e em 2019 são 5470;

– A aglomeração de Núcleos de EJA é o passo anterior ao fechamento;- Ações de denúncia do NEEJA Menino Deus;

4) Adriana

– Lançamento do 2º Caderno da UNCME:https://85531c16-92ad-4125-9e18-68689dc2d955.filesusr.com/ugd/b385a3_0fd5837a56644fc5b04c995e9d14157d.pdf ;

– Material elaborado pela UCME em parceria com UNDIME e FAMURS com orientações para atos normativos dos CMEs

5) Ariete

– A realização das plenárias do FGEI estão ocorrendo online;

– Plenária Virtual: Questões para pensar a Educação Infantil na pandemia (Mª Carmen S. Barbosa e Paulo Focchi):https://www.youtube.com/watch?v=Q2KkWdjEZjs;

– O FGEI tem atuado para orientar as redes municipais sobre o que fazer nesse momento, buscar o protagonismo da ação e não apenas a realização de tarefas;

– As Mães Trabalhadoras e a proteção social (AMPD): https://www.youtube.com/watch?v=Q2KkWdjEZjs

6) Stefany

– Nota elaborada pela ANPG sobre a portaria 545: http://www.anpg.org.br/18/06/2020/em-defesa-das-politicas-de-acoes-afirmartivas-na-pos-graduacao-pela-revogacao-imediata-da-portaria-545/

B) ANÁLISE DOS 90 DIAS DE SUSPENSÃO DAS ATIVIDADES PRESENCIAIS

1) AOERGS: Desde o início a sensação é de incerteza e angustia, pois, não se tem uma direção sobre o que fazer (quais critérios para avaliar e definir o que será validado ou não?). Como ser protagonistas se não somos ouvidos?. A Portaria 001 da SES/SEDUC precisa ser analisada e discutida, como o CPERS e outras entidades que representam as educadoras/educadores, profissionais da educação, trabalhadoras/trabalhadores não estão presente nos COEs e porque o SINEPE faz parte? A responsabilidade está sendo jogada para cima das pessoas, os problemas de ansiedade e estresse estão aparecendo nas crianças e estudantes, famílias e nas trabalhadoras/es em educação.

2) SINASEFE: A necessidade de reivindicar que os protocolos atendam as necessidades de proteção das técnicas/técnicos e servidoras/es dos IFs. A visibilidade do aumento das jornadas, da sobrecarga e da pressão sobre as mulheres, pois, não existe mais horário para os turnos de trabalho com as atividades remotas, muitas pessoas tem trabalhado até na madrugada. A pressão que quem não se adequar será excluído. Desejo de retorno para regular as horas de trabalho e o descanso, mas, isso, não significa melhora das condições de trabalho e de respeito as trabalhadoras/es e nem traz nenhuma proteção a saúde e a vida.

3) ANDES-UFRGS: A narrativa Bolsonarista venceu, o embate das ideias do isolamento/garantia da vida versus economia, feito desde o início da pandemoa foi ganhando terreno desde o começo e foi permitindo a flexibilização e retorno das atividades. É nítida a relação entre a retomada das atividades e os efeitos no aumento do contágio, com isso, a pandemia pode durar por muito mais tempo no Brasil e podemos chegar até dezembro nessa situação. Um estudo na Espanha indica os impactos do retorno das atividades em um realidade de 20 estudantes por sala e mostra os efeitos do contágio, no Brasil onde as turmas são maiores o efeito é piorado. Link para o texto: https://brasil.elpais.com/sociedade/2020-06-17/colocar-20-criancas-numa-sala-de-aula-implica-em-808-contatos-cruzados-em-dois-dias-alerta-universidade.html?utm_source=Facebook&ssm=FB_BR_CM#Echobox=1592432810

4) UNCME-RS: A suspensão geral das atividades no RS começou aproximadamente no dia 23 de março, até 18 de julho serão 81 dias letivos e cerca de 304 horas e é muito difícil falar sobre a validação, pois, temos uma MP (MP 934) que ainda não foi votada e ela possui mais de 200 emendas e podemos ter orientações diferentes daquelas que estão sendo adotadas, então, não é possível afirmar o que é valido ou não é.

5) LUANA (Presidente de Conselho Escolar e Mãe): As famílias, crianças, estudantes não estão sendo escutadas, a comunidade escolar não está sendo ouvida. É muita pressão psicológica, excesso de tarefas e as crianças e estudantes não estão aprendendo. Por mais que mães, pais e as famílias acompanhem as crianças e jovens para não perder o vínculo e para não ter prejuízos no retorno é muito difícil acompanhar tudo. Existe muita ansiedade, insegurança, falta de informação precisa, pois, são protocolos diferentes todas as horas. As escolas e famílias estão inseguras com a criação do COE-E locais.

6) DANIEL: Nenhuma região do país possui hoje condições de fazer um retorno seguro. Nos países que tiveram retorno isso só ocorreu depois de 14 dias sem aumento de novos casos. Enquanto o Brasil tem uma taxa de novos casos de 50% no sul é de mais de 120%. Com 3 meses de isolamento começam a ocorrer problemas indiretos e óbitos causados pela descontinuidade no tratamento das doenças, aumento do alcoolismo e da drogadição, o estresse, transtorno mental, violência física/doméstica/sexual. O planejamento e a organização deverá pensar os próximos dois anos.

C) TEXTO

– Texto aprovado na reunião (feitas pequenas modificações e segue para aprovação das entidades) – anexo

– Todas as entidades que participaram da construção do texto estão por ordem alfabética no texto, caso alguma entidade não queira participar deve avisar até às 12h de segunda-feira dia 22 de junho.

– As pessoas que participaram da elaboração do texto, estarão com seus nomes indicados após as entidades.

– O texto será compartilhado na segunda a tarde e será disponibilizado no formato aberto, PDF e Card.

– Antes da publicação vamos fazer a revisão de linguagem.- As entidades podem publicar em suas páginas e redes o texto.

D) CAMPANHA NÃO É HORA DE RETORNAR:

– Todas as entidades podem circular em seus grupos os cards e materiais da campanha.

Próxima Reunião: 26 de junho das 9h às 11h”